O setor hoje precisa de profissionais qualificados que tenham uma boa formação técnica, que é o diferencial para quem busca oportunidades no mercado de trabalho
A maioria das empresas tem dificuldade de encontrar operadores. “Engana-se quem pensa que a falta de mão de obra é só daquela muito qualificada, aquela que é realmente de nível técnico ou de ensino superior. Encontrar operadores não tem sido uma tarefa muito fácil porque essa função requer um nível de especialização técnica também”. A conclusão é da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Ainda na área de produção, 90% das empresas relatam que têm dificuldade para preencher vagas de nível técnico. E na contramão disso, 82% das empresas dizem que têm dificuldade de investir na formação dos seus trabalhadores.
“Esta é uma equação complexa de ser gerenciada porque há falta de qualificação, mas também há falta de recursos para investir na formação desses profissionais”, afirma Thiago Korb, Gerente de Educação Básica e Profissional da SESI-SENAI/SC. Ainda de acordo com o estudo, a falta de profissional qualificado prejudica 97% das empresas que enfrentam esse obstáculo, o que reflete diretamente na produtividade e na qualidade do produto.
O problema deve se agravar, segundo análise da CNI, à medida que o ritmo de expansão da economia aumentar, o que pode comprometer ainda mais a produtividade e a competitividade do país.
A saída apontada pela entidade está na qualificação e requalificação da força de trabalho, com priorização da educação profissionalizante.
O SESI e o SENAI são parceiros fundamentais para nossa indústria. Há muita chance de transformar a sociedade com ações mais estruturadas, mais regulamentadas em relação à própria formação básica.
No Brasil, apenas 9,7% das matrículas do ensino médio estão associadas à educação profissional, número muito inferior a países como Alemanha, Dinamarca, França e Portugal, onde o percentual chega a 40%, ou Áustria e Finlândia, onde alcança 70%.
Investir em competências da indústria é a chave para o caminho do sucesso.
Para o especialista, o Brasil tem muita condição de se desenvolver economicamente. No entanto, é preciso investir em competências da indústria, tanto a empresa quanto o trabalhador. Para ele, existem ações de curto e longo prazo. As ações de curto prazo são a qualificação e requalificação da força do trabalho.
De maneira geral, a Indústria 4.0 necessita de investimento em qualificação de mão de obra de forma constante. Isso acarretará no preenchimento das vagas que o próprio mercado não consegue preencher, e também, aumentará a capacidade produtiva de toda a cadeia.
Fonte: CNI