Mulheres são mais de 60% dos alunos do SENAI. Desafio é ampliar também a participação no trabalho na indústria, onde hoje respondem por 30% dos empregos

Sara Jesus é uma das mais novas eletricistas da Neoenergia Coelba de Lauro de Freitas e Candeias, na Bahia. Ela trabalhava como auxiliar de Serviços Gerais pela empresa, quando resolveu se inscrever na 5ª turma da Escola de Eletricistas exclusiva para mulheres, fruto de uma parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do estado da Bahia (SENAI-BA).

Ela conseguiu mudar sua realidade, assim como a biomédica Karla Lacerda, que há oito anos se qualifica para atuar na indústria farmacêutica, e começou sua jornada a partir do curso Técnico em Química do SENAI CETIQT, no Rio de Janeiro.

Não muito distante dalí, em São Paulo, Laura de Lima Santos fez o curso técnico de Rede de Computadores pelo SENAI e optou por trabalhar com infraestrutura. Ela se especializou em telecomunicações e redes de cabeamento estruturado e começou a prestar serviços para empresas com cabeamento doméstico e infraestrutura em casa de alto padrão.

Todas elas conseguiram transformar suas realidades a partir de cursos oferecidos pelo SENAI, que abre portas para vagas na indústria. Elas fazem parte dos 30% de cargos na indústria que são ocupados por mulheres. Mas esse número pode ser muito maior.

A mudança já começou

A biomédica Karla Lacerda está há 8 anos se qualificando para atuar na indústria farmacêutica. Hoje analista de controle de qualidade de fármacos, um dos primeiros passos de Karla foi cursar o Técnico em Química do SENAI CETIQT, no Rio de Janeiro.

De lá pra cá, ela conciliou o trabalho na área, a graduação e iniciação científica na Fundação Oswaldo Cruz (FIOCURZ).

Sara Jesus trabalhava há três anos como auxiliar de Serviços Gerais nas bases operacionais da Neoenergia Coelba de Lauro de Freitas e Candeias, na Bahia, quando resolveu se inscrever na 5ª turma da Escola de Eletricistas exclusiva para mulheres, fruto de uma parceria com o SENAI-BA.

No início de agosto, ela e outras 20 colegas participaram da formatura de conclusão do curso e tiveram uma surpresa: todas foram contratadas pela Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia.

Já em São Paulo, Laura de Lima Santos fez o curso técnico de Rede de Computadores pelo SENAI e optou por trabalhar com infraestrutura. Ela se especializou em telecomunicações e redes de cabeamento estruturado, e começou a prestar serviços para empresas, com cabeamento doméstico e infraestrutura em casa de alto padrão.

Mais preparo, menos preconceito

A notícia boa é que cada vez mais as empresas enxergam as mulheres como peças-chave no mercado, e dessa forma, buscam aumentar o quadro de mulheres e alcançar metas de igualdade de gênero, seguindo estratégias de Governança Ambiental, Social e Corporativa (ESG, na sigla em inglês).

Para Adriana Barufaldi, gestora do Programa SENAI de Ações Inclusivas (PSAI), ao contratar mulheres para compor seus quadros, as empresas ganham com diversidade e pluralidade.


“A presença das mulheres na indústria auxilia na ressignificação de vieses inconscientes de gênero que, historicamente, excluía as mulheres de certos setores industriais em nome de um preconceito que era justificado, equivocadamente, por uma pseudo fragilidade”, confirma.


Para Barufaldi, quando empresas firmam parceria ou buscam o SENAI para contratação de mulheres na indústria, essa ação auxilia na ressignificação dos mitos sobre a mulher no setor industrial,  “o papel da mulher no mundo e no mercado de trabalho, bem como na sua qualificação profissional, até pouco tempo atrás não era lugar do feminino na indústria”, relata.

SENAI presente na transformação social

A parceria entre empresas e o SENAI para a contratação de mulheres tem ajudado na ressignificação dos mitos sobre elas na indústria, do papel da mulher no mundo e no mercado de trabalho, bem como na qualificação profissional delas para o setor industrial.

O SENAI conta com canais de comunicação para facilitar a troca de informações entre empresas e pessoas que buscam qualificação profissional. Veja abaixo!

Fonte; CNI

 

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