Caros industriais,

Vem aí um fechamento de ano daqueles em que os desarranjos nas cadeias produtivas resultam em escassez de insumos e matérias-primas e elevações de preços no mundo inteiro. O contexto mexe com cada um, causando dores diferentes, mas certamente todos sendo impactados pelos efeitos da pandemia da Covid-19 vivida desde 2020. Além disso, setores que dependem do consumo das famílias ainda sofrem o impacto do alto nível de desocupação e da corrosão da renda pela inflação.

Velinhas esparsas brilhando no apagar de 2021. Gente qualificada, bem formada com competências profissionais e pessoais necessárias, com atendimento equilibrado entre oferta e demanda para todos os níveis de emprego tornou-se um requisito diferencial pouco atendido. Entre outras cruas realidades do Brasil, a baixa qualificação e disponibilidade de mão de obra estão sendo vistas como o apagão mais cruel na relação de renda e ocupação exposta com a pandemia. Essa insipiência geral nas regiões mais industrializadas nos deixa pouco competitivos diante do mundo voraz, industrializado e tecnicista lá de fora.

Cada empresa terá a missão dentro de casa de cuidar sério dessa lacuna para evitarmos um estrago cada vez maior oriundo desse apagão. É preciso e urgente o plano de curto prazo para destinar tempo, energias e recursos internos na formação de pessoas dentro da própria empresa. Ao mesmo tempo, fazer coro junto aos setores organizados que nos representam para avançar em “MEDIDAS INFRALEGAIS DE MODERNIZAÇÃO, SIMPLIFICAÇÃO E EFICIÊNCIA DAS RELAÇÕES DE TRABALHO DE CURTO E MÉDIO PRAZOS”.

Acessem o link https://bit.ly/3s1zDOM para a íntegra do documento “Propostas para a retomada da indústria e geração de emprego”, publicado no dia 07/12 pela CNI, dirigido a diversos setores do executivo e legislativo do Governo.

Esse nosso recado deveria ser apenas para comemorar, porém a missão é séria e verdadeira como a vida de empresário é… Tome essas últimas linhas como sendo de estímulo nas comemorações de fim de ano. Somos uma legião de valentes, teimosos, persistentes e sonhadores que de um modo ou de outro estamos muito melhores do que um dia quando começamos a empreender.

José Carlos Beckheuser – Presidente do Sindimetal 

 

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