No entanto, exportações surpreendem com crescimento importante, contribuindo com 20% do faturamento, segundo a Abimaq.

O faturamento da indústria de máquinas e equipamentos teve queda de 9% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (28) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a receita líquida total ficou em R$ 28,341 bilhões.

De janeiro a agosto deste ano, o setor acumula queda de 5,1% na receita em relação ao mesmo período de 2021 e, na comparação com julho, uma queda de 4,4%. Na comparação mensal com ajuste sazonal, a queda chegou a 2,2%.

O consumo aparente de máquinas e equipamentos, resultado da soma das máquinas importadas com as produzidas localmente e direcionadas ao mercado interno, registrou crescimento na comparação com o mês anterior de 1,7% com ajuste sazonal. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o consumo registrou queda devido à diminuição das aquisições de máquinas produzidas localmente (-12,9%).

O número de pessoas empregadas no setor registrou aumento de 0,6% em relação ao mês de julho deste ano, atingindo o patamar de 399 mil postos de trabalho ocupados. Na comparação com o mês de agosto do ano passado, o aumento do quadro foi de 16.891 trabalhadores.

“O maior número de contratação ocorreu no setor fabricante de máquinas para a construção civil. Também houve incremento nas fábricas de máquinas para a indústria de transformação, componentes para bens de capital e máquinas para a agricultura”, diz a Abimaq.

Em agosto de 2022 houve crescimento de 25,5% nas exportações de máquinas e equipamentos frente ao mês de julho de 2022, anulando a queda de 3% registrada no mês anterior. No mês. o setor exportou US$ 1,26 bilhão em máquinas e equipamentos, o melhor resultado desde outubro de 2012. No acumulado do ano, o setor exportou US$ 7,9 bilhões, 28,2% a mais do que no mesmo período de 2021, o equivalente a 20% da receita total do setor. Em quantidade, o crescimento das exportações do período foi de 13,7%.

“Os números vieram mais fracos no mercado doméstico, mas as exportações continuam surpreendendo com crescimento importante, contribuindo com 20% do faturamento. Ainda há espaço para incrementar mais do que essa taxa. A notícia negativa é mesmo com relação ao mercado doméstico, que acumula uma queda, não é heterogênea porque há segmentos com bom desempenho, mas a queda foi quase generalizada. O ano ainda tem setores com crescimento expressivo”, disse a economista da Abimaq, Cristina Zanella.

Imagem de capa: Depositphotos

Fonte: https://www.cimm.com.br/

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