A indústria do Paraná atingiu, em julho de 2024, o maior número absoluto de pessoas ocupadas no setor em sua história. São 790 mil trabalhadores só no que é classificado como Indústria Geral – composta pelos segmentos Extrativo, de Transformação e de Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP). No acumulado de janeiro a julho, a indústria paranaense soma 31.677 novas contratações, sendo responsável por 25% de todas as 124.647 vagas geradas no estado nesse período. Um crescimento no saldo de empregos industriais de 151% frente aos sete primeiros meses do ano passado. Os dados são do Novo Caged, divulgados nesta semana pelo Ministério do Trabalho.

Somente em julho, a indústria abriu 5.731 novas vagas de trabalho formal (com carteira assinada), tendo sido o setor que mais gerou empregos nesse mês no Paraná. O crescimento na abertura de vagas foi 14 vezes maior quando comparado com o mesmo mês de 2023. O número representa, ainda, 40% do total dos 14.185 empregos gerados no Paraná no mês. Em segundo lugar, ficou o setor de Serviços, com 5.010 postos de trabalho preenchidos. Construção contratou 2.173 profissionais, totalizando quase 176 mil pessoas ocupadas na atividade no estado. Já o Comércio abriu 1.567 novos postos, enquanto o setor Agropecuário fechou 296 vagas.

Na comparação entre julho e junho deste ano, o resultado também foi positivo, com crescimento de 91% no saldo de empregos mensal. Em junho, a indústria estadual teve saldo de 2.996 novos postos de trabalho, num total de 13.826 registrados em todas as atividades econômicas no estado. Já ao se verificar os últimos 12 meses, de agosto de 2023 até julho deste ano, o setor industrial acumula a oferta de 26.059 novos empregos, com alta de 287% frente ao intervalo de agosto de 2022 até julho do ano passado.

Para o presidente do Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Vasconcelos, os resultados mostram o grande potencial que o setor tem para se desenvolver cada vez mais no estado. “Mesmo diante de inúmeros desafios que enfrentam no dia a dia de suas empresas, os industriais paranaenses seguem investindo e gerando empregos”, afirma. “Esse desempenho é mais uma prova de que, com uma política industrial consistente, que melhore nosso ambiente de negócios, podemos transformar o Paraná no melhor lugar para a indústria no Brasil e aproveitar ainda mais todo o potencial que o nosso setor tem para impulsionar o desenvolvimento econômico e social do estado”, completa.

Atividades industriais
No resultado de julho, das 24 atividades industriais de Transformação analisadas pelo Novo Caged, apenas quatro tiveram mais demissões do que contratações:  confecção de artigos do vestuário e acessórios (-45), fabricação de coque, de derivados do petróleo e de biocombustíveis (-38), fabricação de produtos do fumo (-31) e impressão e reprodução de gravações (-14), que juntas fecharam 128 vagas.

Por outro lado, as atividades que mais geraram empregos no Paraná no mês foram produtos alimentícios (1.488), automotivo (611), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (477), produtos químicos (417) e móveis (335).

Já no acumulado do ano, respondendo por quase 24 mil novos postos de trabalho, as atividades que mais empregaram foram: alimentos (8.115), veículos (2.475), borracha e material plástico (1.986), móveis (1.957), produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos  (1.791), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (1.714), produtos de madeira (1.555), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1.493), fabricação de produtos químicos (1.359) e fabricação de máquinas e equipamentos (1.314). Além disso, nenhuma atividade da indústria de transformação paranaense registra saldo negativo de empregos em 2024.

Compartilhe: